terça-feira, 10 de maio de 2011

FLUIR O ESPIRITO III




A manhã me desperta com o sol ainda escondido. Sei que aparecerá, mas há uma angústia que tenta me dizer o contrário. Não tenho raios artificiais para substituir sua presença. Apenas possuo a liberdade e a esperança de brilhar, ser brilho, reluzir com as memórias da lua e suas estrelas. Transformar o canto dos animais noturnos e o contorno do silêncio em sinais luzentes. Se tudo isso me faltar ainda terei a vontade e o sonho guardado que a realidade por mais absurda, hipócrita e cruel que seja jamais me roubará. No íntimo do coração o que conta é o desejo profundo, ainda que as dores tentem decidir que imagens pintaremos na tela de nossas pupilas matutinas.

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