sexta-feira, 20 de maio de 2011

CHAMA


Expostos sob o sol ardente que queima a pele
Uma brisa se deixa sentir nos olhos como mel
Diante do medo, desânimo dos passos latentes
Caminha a utopia nas veias como uma canção

Nos olhos fatigados de contemplar a dor
Retinas convidam para contemplar o belo
No coração que respira as tóxinas do ar
Os sonhos embebem o coração de amor

Na morte cotidiana do sentido da vida
A esperança e a beleza da Criação de Deus
Renasce em cada gesto de justiça e caridade
Germinando vida plena no deserto humano

Na ausência e perda do horizonte,
Olhares longes e abraços próximos
Fazem brotar a presença inesgotável
A saciedade na doação de si mesmo

No deserto das trevas da condição humana
O Espírito de Deus nos brinda a luz que atravessa
Inquieta e iluminando distante o espaço e o tempo
A luz que emana justiça e paz em toda escuridão

Diante da realidade que esvazia a utopia,
Esperança, amor, carinho, ética, estética…
Somos todos sementes a semear
A chama do amor:
Sonho de Deus!

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