terça-feira, 3 de maio de 2011

MÃES PASCAIS




Teu caminho tem marcas de desigualdade
Os interesses estiveram sempre à margem
Muitas mães sucumbiram ante o martírio

 Montanhas e as flores do campo
Se curvam ante ti, Mãe Pascal

Vida entregue ao respirar do infante
Vencendo dores da sucção no seio
Alimentas o ser nascido de teu amor
Brancura das neves, força dos vulcões
Celebram tua coragem, Mãe Pascal.

A violência soa nos tambores de teu existir
O olhar lateja o desprezo de tua identidade
Teu sonho não querem levar à plenitude

Amanhecer e o anoitecer, sol e lua
Cochicham a fortaleza, Mãe Pascal

Tua via crucis é incompreendida
Fazem chacota de tua caminhada
Cospem em tuas chagas abertas

Estações, primavera e verão
União do outono e inverno
abraçam tua cruz, Mãe Pascal

Raros leem as entrelinhas de teu ventre
 Mistério poucos são os que saboreiam
Medíocres ainda tateiam tua essência

Morte e os precipícios, potestades todas
prestam culto sob teus pés, Mãe Pascal

Vida entregue à outra vida, cuidada
Não deixar morrer o instinto de gerar
Slogan sempre será a vida preservar

Criador, que se fez morada em teu ventre
Sua benção ungi teu resistir, Mãe Pascal

Percalços da história não destroem teu ventre
 Brutalidade não viola a vida que nasce de ti
Suposta libertação não irá denegrir a dignidade

Cosmos, a pedido do Criador, recolhe nos lábios
Beijo saboroso de tua firme vitória, Mãe Pascal

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