Teu caminho tem marcas de desigualdade
Os interesses estiveram sempre à margem
Muitas mães sucumbiram ante o martírio
Montanhas e as flores do campo
Se curvam ante ti, Mãe Pascal
Vida entregue ao respirar do infante
Vencendo dores da sucção no seio
Alimentas o ser nascido de teu amor
Brancura das neves, força dos vulcões
Celebram tua coragem, Mãe Pascal.
A violência soa nos tambores de teu existir
O olhar lateja o desprezo de tua identidade
Teu sonho não querem levar à plenitude
Amanhecer e o anoitecer, sol e lua
Cochicham a fortaleza, Mãe Pascal
Tua via crucis é incompreendida
Fazem chacota de tua caminhada
Cospem em tuas chagas abertas
Estações, primavera e verão
União do outono e inverno
abraçam tua cruz, Mãe Pascal
Raros leem as entrelinhas de teu ventre
Mistério poucos são os que saboreiam
Medíocres ainda tateiam tua essência
Morte e os precipícios, potestades todas
prestam culto sob teus pés, Mãe Pascal
Vida entregue à outra vida, cuidada
Não deixar morrer o instinto de gerar
Slogan sempre será a vida preservar
Criador, que se fez morada em teu ventre
Sua benção ungi teu resistir, Mãe Pascal
Percalços da história não destroem teu ventre
Brutalidade não viola a vida que nasce de ti
Suposta libertação não irá denegrir a dignidade
Cosmos, a pedido do Criador, recolhe nos lábios
Beijo saboroso de tua firme vitória, Mãe Pascal
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