sexta-feira, 29 de abril de 2011

FLUIR O ESPÍRITO II



Não estava muito alegre com minha alma. Peguei a mochila e fui buscar o Senhor. Precisava dizer a raiva, mais que isso, necessitava partilhar a indignação contra os desvarios de meu ser que parecia não ser grato por tanto amor de sua parte. Havia no meu coração dificuldades de amar e perdoar de modo sincero, sem máscaras ou mentiras de meu ego. Sentia que tinha uma grande disposição e desejo profundo de caminhar na direção sempre constante do amor e do perdão, dons que o Senhor Jesus compartilhou com a humanidade. Cheguei ao local onde marquei com o Senhor para a conversa pronto para desabafar e descarregar os descompassos de minha existência que remava contra a maré de seu amor.
Ele me viu de longe. Esperou. Dei um bom dia e fui logo dizendo: - Senhor, tá difícil a situa.... Ele cortou meu discurso - pois sabia a angústia de meu coração -  com um beijo e um abraço tão aconchegante que as palavras que borbulhavam dentro de mim se aninharam no véu de seu amor incondicional por nossa humanidade

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