sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ENQUANTO PODE




Enquanto pode

Procura os sorrisos sadios
O aperto de mão livre
Os abraços apertados
Não te detém em nada
Que  te roube a alegria

Enquanto pode

Pergunta ao desespero
Pelo sofrimento 
De onde vem e para quê
Pois daí nasce sabedoria

Enquanto pode

Luta para não morrer
Há mortos vivos por aí
Incapazes de ver vida
E a vida diante dos olhos

Enquanto pode

Busca o silêncio
Onde tu se diz
Tua alma sonha
A vida ressuscita

Enquanto pode

Não é para nós
Todo tempo é
De recomeço
De sempre ir
Quando a vida
Nos pede voltar. 

Oliveira Sousa 

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